segunda-feira, 12 de abril de 2010

ShopGirl



Este é um filme marcante do cotidiano. Uma garota jovem, com problemas financeiros, que se apaixona por um homem bem mais velho e rico, que a 'escolhe'.
Ele a viu, e porque escolheu ela?
No meio de tantas garotas de vitrine, porque ela?!

O interessante é, que ela passa a ter tudo. Mas, ter tudo, como se não tivesse nada.
É ótima a parte que ela escolhe deixá-lo. Afirmando que se ela pode escolher, entre sofrer agora ou mais tarde.
E ele permanece em silêncio, porque ele não consegue dizer a ela, que ele a ama.

Mas no final, quando ela escolhe Jeremy, que é recém formado em música, de sua idade, totalmente diferente, Ray, confessa: "I did love you"...

O triângulo amoroso é complicado, duvidoso e a faz perceber coisas, que ela tinha com um, não tinha com outro, ou o que ela queria para ela.

A última cena é uma grande lição de 'perda'...

"Certas noites sozinho, ele pensa nela. E certas noites sozinha, ela pensa nele. Certas noites, isso acontece ao mesmo tempo. E Ray e Mirabelle se relacionam sem saber. Mas Mirabelle, sentindo a reciprocidade do seu amor pela primeira vez, afasta-se dele.
E enquanto Jeremy oferece ainda mais seu coração, Mirabelle retribui na mesma medida, (...) pois o que ele oferece a ela é terno e verdadeiro.
Ao ver Mirabelle se afastar, Ray sentiu uma perda. Como é possível, pensou ele, sofrer por uma mulher que manteve à distância para não sentir falta dela quando fosse embora? Só então percebeu o quanto querer só uma parte dela fez os dois sofrerem. E como não poderia justificar seus atos, exceto por, bem...
A vida é assim".


Garota da Vitrine (2005).

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