sábado, 19 de junho de 2010

That's how I Feel



1964, racismo e luta pelos direitos civis dos negros nos EUA.
Este é um drama baseado no livro homônimo de Sue Monk Kidd. Uma história escrita com paixão, todos os aspectos perfeitamente sincronizados... Raiva, passado, dúvidas, orgulho, conquista, amor. U
m filme delicado e feminino, que facilmente irá fazer até os menos sensíveis derramar lágrimas.

A tensão nos prende à tela desde o começo. A agonia é passada através dos gritos, das lágrimas, do silêncio.
E entramos com Lily em sua vida, de culpa, sofrimento e vazio, que vive com o pai. Irritado, grosseiro, frio... agressivo, perdido.

Sua única amiga, é a empregada, negra, que com esperança ao ver Lyndon Johnson na TV, o vice que assumiu a presidência após o assassinato de Kennedy em Dallas, nunciando que estava assinando a Civil Rights Bill, a lei federal que garantia a igualdade de direitos de todos os cidadãos americanos, derrubando as leis em vigor em diversos Estados do Sul até então estabelecendo a segregação racial.
E afirmava: “Aqueles que são iguais perante Deus agora também são iguais nas urnas eleitorais, nas salas de aula, nas fábricas, em hotéis, restaurantes e cinemas.”

Os negros comemoraram, em vão. A população branca não aceitou. Ninguém podia os enfrentar. E no dia do aniversário de Lily, sua melhor amiga é espancada e presa, e ela obrigada a ajoelhar em grãos de sêmola.

Este foi um dos poucos filmes que tirou lágrimas dos meus olhos. É um filme simples, com situações familiares complicadas e contada de forma brilhante.
Devo aplaudir Dakota Fanning como sempre, desta vez de pé. Há cenas de desespero, amor, raiva, tristeza.. que ela nos faz sentir o que a personagem está sentindo...

Não sei como os outros se sentem em relação aos filmes, histórias e protagonistas. Algumas vezes simplesmente é possivel sentir... Eu acho isso maravilhoso.
Eu sempre procuro algo com que eu possa me identificar. Seja um personagem, uma históra, ou uma cena.
O fato de Lily "arruinar tudo" ao redor de onde esta fez com que eu me identificasse com ela. Sua mãe casou-se por causa dela, e morreu por causa dela. Roseleen foi espancada, May se matou e o Zach foi capturado por sua causa também...
Claro que não é assim, mas seu desespero por achar que é, é marcante.

Bom... Quem protagoniza ao lado de Dakota, é a ótima Queen Latifah. Seu papel materno acolhe e suaviza as situações. Jennifer Hudson, Alicia Keys e Sophie Okonedo são as outras atrizes que completam o filme. Quatro negras e uma branca.
Assistam, com certeza um filme anti-racista, anti-segregação, com uma defesa forte da necessidade e da beleza da convivência das pessoas, não importa a cor, ou de onde são.

2 comentários:

Anônimo disse...

adoro seu blog

Melca disse...

O filme é lindo Gua! Eu sou que nem você, não saio do filme do mesmo jeito que eu entrei nele...