I want to tell you everything

Temos dificuldade em nos comunicar abertamente. Perdão, tenho eu, dificuldade em me abrir com você.
Não falarei tal pensamento se eu achá-lo desnecessário e confuso a ponto de gerar discordância entre nós.
Sou e prefiro ser muda a ter que encarar a longa e maçante discussão com argumentos inúteis e redundantes que nos farão perder horas e noites.

Amo-te e não negaria até que em seus olhos eu pudesse ver o contrário. Sei que houve muito amor dentro de ti.
Sofro em perceber que a substituição me resta, e que posso não ser o anel de ouro substituindo o ouro. Sou prata.
Mas se houvesse tanto tanto amor em reciprocidade não haveria possibilidade de substituição e pior, abandono.
Peço que, tenha respeito e me deixe... ou me ame como nunca amou ninguém.

Isso não deve ser pedido. Nem esperado, deve apenas acontecer naturalmente.
Mas a idade vêm e com ela a desesperança, de que sonhos não se realizam e o amor não é como dizem ser.
Crianças conseguem achar que amam e simplesmente se acabar em sentimentos, pela fragilidade da idade, do ser, do momento. Quem dera, ser criança agora.

Sonhos não precisam ser metas, meta é o que o adulto impõe a acontecer, uma indesejável vontade de alcançar algo se chama meta. A meta é sólida, feita de fatos, não de sentimentos.

Patético aquele que vive de metas, que segue, pela manipulação da sociedade em volta.
Patético, aquele que fala certo e errado faz. Juvenil, aquele que só fala.
Não aprendo absolutamente nada daqueles que só falam. A facilidade que possuo em me ausentar no meio da multidão, uso nas horas que não quero ouvir aquilo que nada irá me acrescentar. Me aproveito da dificuldade, a mesma que tenho em me abrir.
Defeito é ser seletiva.
Os bons ouvem até quando não os agrada.

Não sou tudo aquilo que acho que sou, e tenho muito mais do que acho que mereço.
Meu Presente de Deus é saber que tudo que tenho, perdi e o que terei é o que me fará melhor.
Não desespere por perder, partir, chorar, digo a mim, amanhã nada disso existirá.