sábado, 12 de abril de 2014

Epifania

Fiz uma pergunta para um amigo esses dias... Amor ou liberdade? Ele escolheu amor e me citou: "Com o amor se conquista a liberdade." Einstein dizia... "Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor... Lembre-se, se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor com ele você conquistará o mundo". E baseando-se nesta frase ele com coragem falou me sobre liberdade.

NÃO
Amor e liberdade são paralelos que não se cruzam. Quando alguém que amou conseguiu escrever sobre liberdade? Sério? Osho? Osho diz que o amor permite a liberdade. Esse tipo de liberdade da alma, em que amando, ou apaixonado você se torna invencível e pode fazer qualquer coisa (por amor). Isso já o torna de certa forma preso ao sentimento.
Amor é vínculo, dependência.
Recíproco ou não. Devoto ou não.

Amar pode aproximar-te de suas raízes e conquistas ou pode te afastar. 
Liberdade pode fazer-lhe afundar, em seus próprios desejos. Pode fazer você esquecer que a realidade é tão doce quanto nossa imaginação.
Pode criar um vazio. O enorme vazio de correr atrás do que se não pode alcançar.
Engana te se achas que a realidade pode ser tão doce quanto o sonho. Se fosse o sonho deveria se chamar realidade e não ao contrário, e ninguém no mundo se afogaria em momentos autodestrutivos ou livros, ou filmes ou filosofias inúteis.  
A liberdade é um veneno, que todos querem beber. Assim como o amor, que é uma armadilha, que todos queremos entrar.

E a realidade, é o apenas um jogo, que diferente de quem acha que podemos deliberadamente mudá-la, não acho. Acho que nossa felicidade não está em nossas mãos apenas... por causa da armadilha amor, por causa do veneno liberdade.
O amor é poético no papel, a liberdade é magnífica na ideia... e a ideia de se dedicar inteiramente a alguém, é simplesmente poético, puro, romântico... mas tudo acaba quando sua vida se torna a de outro, tirando não só a privacidade de um ser, e também a liberdade que lhe restou. Você agora vive a vida dela. 
Só durante a paixão isso funciona. Ninguém consegue viver bem sem ter vida própria. E se acha que consegue, finge.
Então o amor lhe tira a liberdade. Mas a liberdade não lhe tira o amor. 


Viver no mundo real o tempo todo me cansa, a maioria das pessoas que conheço só conhecem o mundo real, e surge uma impotência questionável quando se fala sobre algo que não é palpável. 

O único jeito de amar e ser livre. É amar no mundo real, e ser livre em seus pensamentos.










G. L. Pastório


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